Comercialização na cidade de São Paulo foi 13,3% superior à percebida no mesmo mês de 2020
A Pesquisa do Mercado Imobiliário da cidade de São Paulo, realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apresentou em novembro de 2021 resultados positivos em relação ao mesmo mês de 2020 na maioria dos indicadores. Contudo, quando são comparados com os dados do mês de outubro, os resultados foram inferiores.
Em novembro de 2021, foram comercializadas 4.909 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo, resultado 13,3% acima do apurado no mesmo mês de 2020, quando foram vendidas 4.331 unidades, mas 11,6% abaixo do apurado em outubro (5.555 unidades).
“Mesmo assim, pode-se considerar um bom resultado, pois está acima da média histórica para um mês de novembro, que é de 3.000 unidades. Os produtos que contribuíram para esse resultado positivo foram os imóveis de 2 dormitórios na faixa de 30 m² a 45 m² de área útil”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Em termos de valores monetários, o VGV (Valor Global de Vendas) de novembro do ano passado foi de R$ 2,8 bilhões, um aumento real de 10,9% em relação a novembro de 2020 (R$ 2,5 bilhões) – valores atualizados pelo INCC-DI. Imóveis de 4 ou mais dormitórios e com valores acima de R$ 1,5 milhão foram os destaques.
Imóveis econômicos, enquadrados nos parâmetros do programa Casa Verde e Amarela, responderam por 42,1% das vendas em unidades e participaram com 15% de VGV (Valor Global de Vendas).
No acumulado do ano (janeiro a novembro de 2021) foram comercializadas 57.472 unidades, um aumento de 34,9% em relação ao mesmo período de 2020 (42.618 unidades).
Lançamentos – No mês de novembro de 2021, foram lançadas 6.297 unidades, uma redução de 8,4% frente aos resultados de outubro (6.876 unidades) e aumento de 34,0% em relação aos dados de novembro de 2020 (4.698 unidades).
Imóveis de 1 dormitório destacaram-se com 3.335 unidades lançadas – 53% do total lançado na cidade de São Paulo –, com valor médio de R$ 419 mil.
No penúltimo mês de 2021, foram registradas 5.172 unidades lançadas de ´Médio e Alto Padrão’ (MAP), que corresponderam a 82% do total de lançamentos no mês.
“A redução da participação dos imóveis econômicos nos lançamentos é reflexo do aumento dos custos de produção e da inflação em dois dígitos. A necessidade de repasse desses custos aos preços dos imóveis inviabilizou muitos projetos, e houve casos de incorporadoras devolverem terrenos pela falta de condições de realizar os empreendimentos. A inflação mais alta acarretou aumento na taxa de juros, encarecendo a prestação do financiamento e tornando a unidade menos acessível”, destaca Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
De janeiro a novembro, a cidade de São Paulo registrou o lançamento de 62.736 unidades – alta de 67,8% em relação ao volume apurado no mesmo período de 2020 (37.394 unidades).
“Em 11 meses, o mercado imobiliário da Capital superou o total de unidades lançadas e comercializadas em 2020. Esse resultado é bastante positivo e mostra a capacidade de reorganização do setor, que manteve sua atuação em dois anos de pandemia e colaborou fortemente com a economia do País e a geração de empregos”, ressalta Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.
Contudo, esse desempenho poderia ser muito melhor, conforme Jafet. “As empresas sentiram os expressivos aumentos dos custos de produção, que foram inevitavelmente repassados para os imóveis. Ficou restrito o acesso à casa própria, num momento em que a ressignificação da moradia aumentou a demanda”, diz.
O ano de 2022 será desafiador, de acordo com os especialistas do Secovi-SP, porque haverá eleições para presidente, governadores, senadores e deputados e, na cidade de São Paulo, revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE), que terá de ocorrer até 31 de julho.
“Apesar dos desafios, mantemos a expectativa de repetir os desempenhos dos últimos três anos, porque além da demanda reprimida, o imóvel é um investimento seguro”, conclui o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet.
Previsão para 2021 – Com os resultados apresentados em novembro de 2021, as perspectivas de fechamento do ano ficaram praticamente inalteradas, de acordo com o Secovi-SP, com lançamentos entre 70.000 e 75.000 unidades, equivalente ao crescimento entre 17% a 25%, respectivamente, em relação a 2020. Para vendas, a previsão é que sejam comercializadas de 60.000 a 65.000 unidades, com variação de 17% a 26% frente à comercialização do ano anterior.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Secovi-SP
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