Imóveis com menos de 45 m⊃2; de área útil lideraram em vendas (4.639 unidades), oferta (20.756 unidades), VGV (Valor Global de Venda) de R$ 1,07 bilhão, VGO de R$ 4,9 bilhões, lançamentos (6.412 unidades) e maior VSO (18,3%).
No mês, 3.183 unidades vendidas e 4.872 unidades lançadas foram enquadradas como econômicas (programa Casa Verde e Amarela). A oferta totalizou 15.489 unidades disponíveis para venda, com VSO de 17,0%.
“A comercialização de 6.350 unidades é a maior registrada no ano e também para o mês de agosto, de acordo com a série histórica da pesquisa, de 2004”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Em unidades, imóveis econômicos representaram 50% das vendas do mês, mas tiveram participação de 24,3% em termos de VGV (Valor Global de Vendas).
O total de 8.039 unidades lançadas também foi recorde para agosto. “Um resultado excepcional para um só mês. Esse aumento reflete o bom momento do mercado imobiliário. Os incorporadores se encorajaram a lançar os empreendimentos que estavam parados em razão da pandemia e acertaram, porque os imóveis se mostraram totalmente aderentes à demanda. Isso demonstra, também, confiança na retomada das atividades e no aquecimento da economia”, analisa Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
A variação percentual é ainda maior quando se comparam os resultados do acumulado dos oitos meses deste ano com o mesmo período de 2019. Houve 34,1% de retração nos lançamentos ante 1,2% nas vendas.
A taxa de juros – no menor patamar histórico do País – também tem contribuído para viabilizar a aquisição da casa própria. “A redução da taxa de juros interfere na prestação do financiamento na ponta, possibilitando que mais famílias sejam inseridas no crédito imobiliário”, destaca o presidente Basilio Jafet.
Com a perspectiva de um ambiente econômico mais favorável nos próximos meses, aumenta a preocupação do setor quanto à capacidade de reposição de novos produtos no mercado. “A pesquisa mostra que o volume de lançamentos, apesar do crescimento, não repetiu o desempenho do ano passado, o que ocorreu em parte por causa da pandemia. Mas o principal motivo continua sendo a dificuldade do empreendedor em atender às inúmeras restrições urbanísticas impostas pela Lei de Zoneamento da cidade de São Paulo”, aponta Jafet.
FONTE: Investimentos e Noticias