Investidor deve diversificar entre Brasil e EUA

O mercado imobiliário passou por período de incertezas durante a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. O ‘susto’ deve levar os investidores do Brasil a buscarem uma aproximação maior com o ramo de imóveis dos Estados Unidos, que tem muito a contribuir com o portfólio brasileiro. Essa foi uma das três recomendações apontadas pelos participantes da 11ª edição da Expert XP, evento da empresa de investimentos XP.

O gestor de Real Estate da XP Asset Management, Pedro Carraz; o presidente da BlueMacaw, Marcelo Fedak,; o empreendedor e conselheiros da JLP Asset Management, Eduardo Mufarej; e o especialista de Real Estate and Fundos Imobiliários and Listados, Kaique Moraes, contaram como o investidor pessoa física deve se posicionar no pós-pandemia para buscar as melhores oportunidades dentro das tendências do mercado imobiliário brasileiro e americano.

1.Aprender com outros jeitos de investir

O empreendedor e conselheiros da JLP Asset Management, Eduardo Mufarej, garante que o Brasil ainda é o melhor lugar para se investir no mundo, mas isso não quer dizer que o investidor deve olhar apenas para o mercado brasileiro. “Antes de qualquer coisa, é preciso estar ciente de que está mais do que na hora de olharmos para o investimento de fora e começarmos a produzir uma diversificação do portfólio que permita acesso a vários tipos de classes de ativos”.

O conselheiro citou o ‘Single Family REITs’, serviço de assessoria dada a famílias com patrimônios elevados, como uma grande tendência nos EUA. “Vale a pena prestar atenção a este tipo de classe de ativos semelhante aos fundos imobiliários. Dentro de uma escala global na construção de portfólios, o serviço vai fazer cada vez mais sentido”.

Ao mesmo tempo, diz Mufarej, outro ponto importante é saber que “o setor imobiliário é um bom lugar para estar”. “Você tem um carrego muito positivo, com bom grau de proteção inflacionária e isso é extremamente relevante para momentos durante e pós crise”.

2. Saber onde está pisando

Para o presidente da BlueMacaw, Marcelo Fedak, o investidor tem que saber exatamente no que está investindo. Parece óbvio, mas segundo Fedak, estudar os ativos do ramo imobiliário nunca é demais. “A pessoa precisa saber exatamente que tipo de retorno ela está querendo auferir. O cenário já te dá muitas incertezas, você precisa buscar, então, as certezas”.

Fedak sugere que o investidor comece a criar ciclos com os próprios dividendos. “O fato de você estar em um veículo imobiliário que todo mês te distribui dividendo, você tem a opção de investir em outra coisa ou pagar suas contas, o que seja. Mas se, ao contrário, você reinvestir esse dinheiro no mesmo fluxo, comprando mais cota, o seu 10% vira 10,5%, né? Entrando nesse ciclo virtuoso, você consegue criar um portfólio de retorno muito interessante e menos volátil”.

3.Priorizar o longo prazo (mesmo nos momentos de crise)

“Investir em imóvel é um investimento necessariamente a longo prazo”, lembrou o gestor de mercado imobiliário da XP, Pedro Carraz. Para ele, esse deveria ser o ‘lema’ do investidor do ramo imobiliário.

“Seja no Brasil, seja nos Estados Unidos, a pessoa olha para o mercado de ativos líquidos e acha que é pra ser um investimento de um dia, de uma semana, de um mês, fica olhando todos os dias. Você comprou porque o fundamento é bom, porque o gestor é bom, porque você acredita naquele segmento que tem oportunidade, porque vai gerando renda mês a mês”.

Saiba: https://valorinveste.globo.com/mercados/noticia/2021/08/25/mercado-imobiliario-investidor-deve-diversificar-entre-brasil-e-eua-no-pos-pandemia.ghtml

Fonte: Valor Investe