Financiamento Imobiliário

O Itaú anunciou o lançamento do “Pula Parcela”, opção que permite aos clientes pularem até duas parcelas consecutivas de seus financiamentos imobiliários a cada 12 meses. A adesão poderá ser feita exclusivamente de forma 100% digital, direto pelo app Itaú.

“Ouvindo os clientes, percebemos que a inovação do Pula Parcela auxiliará muito na organização financeira, permitindo mais autonomia e flexibilidade para o seu dia a dia”, afirma em nota Thales Ferreira Silva, diretor de negócios imobiliários e consórcio do Itaú.

Os valores referentes às parcelas mensais adiadas, incluindo os juros e encargos contratuais, serão diluídos proporcionalmente no restante do contrato. Como normalmente o financiamento imobiliário é uma operação de longo prazo, o valor a ser diluído traz pouca alteração nas parcelas futuras.

O serviço Pula Parcela estará disponível para os clientes que já possuem operações de crédito imobiliário em dia com o Itaú e para novos contratos.

Nos primeiros nove meses de 2021, o Itaú concedeu mais de R$ 35,6 bilhões em crédito para pessoas físicas adquirirem imóveis, volume praticamente três vezes superior ao montante concedido no mesmo período de 2020.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.

Fonte: Valor Investe

Financiamento Imobiliário

Em meio à crise provocada pela pandemia de Covid-19, um setor da economia brasileira encerrou 2020 em ritmo de superação. De janeiro a outubro, os financiamentos imobiliários concedidos com recursos da poupança totalizaram R$ 92,7 bilhões, crescimento de 48,8% em relação ao mesmo período de 2019, segundo os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Beneficiado pelos juros baixos, depósitos recordes na poupança, atuação dos bancos públicos e pela aprovação do programa Casa Verde Amarela, o setor imobiliário ganhou impulso no segundo semestre. No entanto, enfrenta desafios para manter o crescimento em 2021, como o encarecimento de materiais de construção e as incertezas sobre a recuperação da economia.

Emprego e renda

Outro fator que alimenta uma interrogação em torno do crescimento do mercado imobiliário em 2021 reúne as incertezas em relação à velocidade da recuperação do emprego e da renda. Ao apresentar a projeção de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2021, o presidente da Cbic, José Carlos Martins, classificou de “otimista conservadora” a expectativa da entidade. As avaliações para o próximo ano, no entanto, dividem-se.

O presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Cbic, Celso Petrucci, diz que o déficit habitacional no Brasil e mudanças de comportamento da população depois da pandemia, como a procura por imóveis mais afastados de áreas densamente povoadas, ajudarão a manter aquecida a procura pelos financiamentos imobiliários.

“Todos torcemos pela rápida recuperação na economia, pela queda do índice de desocupação, desemprego e por melhora na renda das famílias. Mas o Brasil tem tanta necessidade de habitação que isso não vem afetando o mercado e não afeta em 2021”, avalia Petrucci. Ele ressalta que o mercado imobiliário conseguiu crescer em 2020, mesmo com o emprego e a renda em queda e que a manutenção da taxa Selic (juros básicos da economia) em 2% ao ano ao longo de boa parte de 2021 continuará a impulsionar os contratos.

Base de comparação

Especialista em mercado imobiliário da FGV, o professor Pedro Seixas não é tão otimista. Para ele, a fraca base de comparação em relação a 2019 levou ao crescimento na concessão de financiamentos em 2020.

Ele diz duvidar se a expansão será sustentável em 2021. “Existe uma retomada, mas a questão é se esse crescimento será sustentável por causa da renda e do emprego. Do ponto de vista pessoal, quem tem dinheiro deve aproveitar os juros baixos e comprar [um imóvel], mas é diferente de dizer que crescimento é sustentável”, analisa.

De acordo com Seixas, o setor imobiliário brasileiro, apesar do crescimento em 2020, está em nível semelhante a 2010. “Essa recuperação tem muito mais a ver com um efeito estatístico do que com uma reversão de tendência. O que determinará a demanda será a velocidade de recuperação da economia”, acrescenta. Para Petrucci, da Cbic, uma eventual estagnação da renda pode ajudar nas vendas no início de 2021 ao inibir as construtoras de repassar o aumento dos materiais de construção para o preço dos imóveis.

Com Agência Brasil

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Fonte: Veja.com