Caixa registra R$ 700 bi em carteira de crédito imobiliário

A Caixa registrou a marca histórica de R$ 700 bilhões em carteira ativa de crédito imobiliário, com 6,6 milhões de contratos, o que representa um crescimento de 9,56% em relação ao fechamento do ano de 2022, quando a carteira totalizava R$ 638,9 bilhões. O número recorde foi anunciado pela presidenta do banco, Maria Rita Serrano, nesta última terça-feira (26), em evento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo (SP).

De acordo com a presidenta, as novas medidas implementadas pelo banco, como o aumento do valor de imóvel do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), com recursos do FGTS, de R$ 264 mil para R$ 350 mil, além da ampliação do valor da renda familiar da Faixa 1, de R$ 2.400,00 para R$ 2.640,00, e da redução da taxa de juros, contribuíram para o incremento nas contratações.

CAIXA segue firme em seu compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população, principalmente dos brasileiros que mais precisam. O banco tem buscado continuamente alternativas para manter suas linhas de crédito ativas, mesmo em cenários em que outras instituições financeiras acabem recuando no volume de contratações, como no caso das modalidades com recursos de poupança. Com as novas condições oferecidas, o acesso à moradia própria foi facilitado ainda mais, o que é um orgulho para a CAIXA, que é o banco da Habitação, ressalta.

Em 2023, houve a contratação de 1.651 empreendimentos para a produção de 237 mil novas unidades habitacionais, gerando mais de 931 mil empregos diretos e indiretos. Com isso, atualmente, há mais de 1 milhão de imóveis em construção financiados pela CAIXA.

Foram concedidos no ano, até o momento, R$ 128,3 bilhões em crédito imobiliário pela CAIXA. A estimativa é de que, ao todo, até o fim de dezembro, cerca de 675 mil famílias estejam com a casa nova.

Venda de imóveis cresce 9,8% no primeiro semestre

O número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 9,8% no primeiro semestre de 2023, quando comparado ao mesmo período de 2022. Os dados são do indicador ABRAINC-FIPE, um levantamento realizado com 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) teve aumento de 22,8% nas vendas em comparação ao mesmo período do ano passado. Já as vendas de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida registraram um crescimento de 4,2% nas vendas. As diversas melhorias implantadas neste ano já refletiram em um aumento no número de lançamentos no segmento, que teve uma alta 17,2% no primeiro semestre. Isso deve implicar em um forte aumento das vendas do segmento nos próximos meses.

Por sua vez, o MAP apresentou uma forte redução de 59,4% de lançamentos no intervalo, O segmento foi fortemente influenciado pelas altas taxas de juros, que prejudicaram o acesso aos financiamentos imobiliários pelo SBPE (Sistema Brasileiro Poupança e Empréstimos), inviabilizando a compra de imóveis para compradores de média renda.

Na avaliação do presidente da ABRAINC, Luiz França, os números do primeiro semestre de 2023 refletem as dinâmicas do mercado imobiliário brasileiro e a importância de programas de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, para combater o déficit de moradias. França também destaca que, no momento, o principal empecilho para o setor é a alta taxa Selic.

“O primeiro semestre de 2023 se caracterizou pelo crescimento notável das vendas no mercado imobiliário brasileiro, apesar de uma queda nos lançamentos. Esperamos para os próximos meses um grande crescimento no mercado da habitação popular. Precisamos de alternativas para diminuir o custo de funding para os compradores de média renda. Desse modo, o mercado imobiliário vai seguir com o desafio de gerar empregos e combater o déficit habitacional”, finaliza o executivo.

Fonte: https://oimparcial.com.br

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